quinta-feira, 27 de junho de 2013

Metalúrgicos param produção e aprovam greve geral no dia 11

Houve mobilizações em oito fábricas de São José dos Campos, Caçapava e Jacareí

Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava e Jacareí aprovaram, em assembleia, participação na greve geral que vai parar o país no dia 11 de julho. Houve atraso na produção em oito fábricas, incluindo a General Motors. As assembleias e paralisações desta quinta-feira, dia 27, fazem parte do Dia Nacional de Luta, convocado pela CSP-Conlutas, que está mobilizando trabalhadores e jovens de diversas regiões do país.

As mobilizações também funcionaram como um chamado para a greve geral do dia 11. Entre as bandeiras defendidas pelos metalúrgicos estão a redução da jornada, aumento geral de salários, criação de um Contrato Coletivo Nacional, fim do Fator Previdenciário e isenção total de Imposto de Renda sobre a PLR e sobre os salários.

Na General Motors, a produção ficou parada por uma hora. Também houve paralisações na Sun Tech, Blue Tech, Friuli, Usimoren, Wire Flex, Delbras e Emerson. Em todas elas, foi aprovada a paralisação no dia 11. Haverá novas mobilizações no turno da tarde na GM e em outras fábricas. Os trabalhadores também participarão de mais uma manifestação que acontecerá no centro de São José dos Campos, a partir das 16h.

As assembleias também aprovaram a exigência da redução dos preços da passagem do transporte coletivo e o apoio às manifestações da juventude em todo o país.
O Dia Nacional de Luta está levando para as ruas as pautas dos trabalhadores e movimentos populares organizados.

A pauta operária vai ganhar ainda mais força no dia 11 de julho, com a greve convocada de forma conjunta pelas centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, CTB, CSB e NCST. 

Na última quarta-feira, dia 26, a presidente Dilma Rousseff recebeu representantes das centrais sindicais, mas não apresentou nenhuma medida concreta que atenda às reivindicações dos trabalhadores.

“As manifestações que ocorreram pela manhã marcaram a entrada dos trabalhadores de maneira organizada nas lutas que estão sacudindo o país. Vamos mostrar aos governos federal, estadual e municipal que é preciso mudar a política econômica que privilegia os ricos e os empresários”, disse o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá. 
 
NOSSAS REIVINDICAÇÕES
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, rumo às 36 horas.
- Isenção total de Imposto de Renda sobre a PLR e sobre os salários.
- Fim do fator previdenciário; recomposição do valor das aposentadorias; anulação da reforma da Previdência de 2003 (comprada pelo Mensalão).
- Redução dos salários dos vereadores e políticos. Aumento geral dos salários dos trabalhadores.
- Menos recursos para a Copa e para as grandes obras; mais recursos para a saúde, educação; plano de obras para construir moradias populares, hospitais e escolas.
- Congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas.
- Municipalização do transporte público.
- Contra a precarização do trabalho e o projeto de lei 4330, das terceirizações.
 - Contra a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações dos trabalhadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário