sexta-feira, 28 de junho de 2013

Centrais sindicais preparam protestos pelo país

Publicado em 28/06/2013 às 19h19
Por Raphael Di Cunto | Valor
SÃO PAULO  -  Sem resposta do governo federal a uma pauta de demandas, entregue dia 6 de março, as centrais sindicais farão, em 11 de julho, um Dia Nacional de Lutas, com mobilizações em todos os Estados para pressionar a presidente Dilma Rousseff a dar respostas concretas aos trabalhadores. Também haverá protestos pontuais nos aeroportos, dia 2, e contra o projeto que regulamenta a terceirização, no dia 4.
“A presidente nos recebeu na terça-feira, mas só falou dos cinco pontos [do pacto que ela propôs para responder as manifestações nas ruas]. Estamos esperando respostas há três meses e ela não falou nada da pauta trabalhista”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Pauta recheada
Os protestos incluem uma pauta extensa: contra o projeto de lei (PL) 4330, que regulamenta a terceirização, contra cortes dos gastos sociais para compensar a redução das tarifas do transporte público, a favor de 10% do Orçamento da União para saúde e de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, pró-reforma agrária e suspensão dos leilões de áreas petróleo.
O projeto da terceirização, que, segundo os sindicalistas, retira direitos dos trabalhadores, foi debatido com a presidente Dilma, que não se comprometeu em pressionar o Congresso para retirá-lo de pauta. Ela teria dito que vai acompanhar com o “máximo vigor” e que vetaria os projetos que trouxessem prejuízo aos trabalhadores. “Mas não falou se vai orientar a bancada para defender a proposta, nem o que ela propõe sobre o projeto”, disse Gonçalves.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, vai protestar em Brasília no dia 4 de julho pelo adiamento da votação do PL 4330. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados deve votá-lo dia 9.
Já a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), ligada ao PCdoB e PSB, pretende protestar nos aeroportos, na terça, 2 de julho, para que os parlamentares se sensibilizem com a pauta dos trabalhadores. “Vai ser numa terça-feira, dia em que os deputados e senadores usam os aeroportos para ir à Brasília”, afirmou o presidente da CTB, Wagner Gomes.
1º de julho
Uma “greve geral” convocada pelo Facebook para o 1º de julho, porém, não tem apoio dos sindicalistas. “O dia de mobilização é 11 de julho. Dia 1º de julho não faz parte do calendário de nenhuma central sindical. É uma fria”, disse Juruna.


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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Metalúrgicos param produção e aprovam greve geral no dia 11

Houve mobilizações em oito fábricas de São José dos Campos, Caçapava e Jacareí

Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava e Jacareí aprovaram, em assembleia, participação na greve geral que vai parar o país no dia 11 de julho. Houve atraso na produção em oito fábricas, incluindo a General Motors. As assembleias e paralisações desta quinta-feira, dia 27, fazem parte do Dia Nacional de Luta, convocado pela CSP-Conlutas, que está mobilizando trabalhadores e jovens de diversas regiões do país.

As mobilizações também funcionaram como um chamado para a greve geral do dia 11. Entre as bandeiras defendidas pelos metalúrgicos estão a redução da jornada, aumento geral de salários, criação de um Contrato Coletivo Nacional, fim do Fator Previdenciário e isenção total de Imposto de Renda sobre a PLR e sobre os salários.

Na General Motors, a produção ficou parada por uma hora. Também houve paralisações na Sun Tech, Blue Tech, Friuli, Usimoren, Wire Flex, Delbras e Emerson. Em todas elas, foi aprovada a paralisação no dia 11. Haverá novas mobilizações no turno da tarde na GM e em outras fábricas. Os trabalhadores também participarão de mais uma manifestação que acontecerá no centro de São José dos Campos, a partir das 16h.

As assembleias também aprovaram a exigência da redução dos preços da passagem do transporte coletivo e o apoio às manifestações da juventude em todo o país.
O Dia Nacional de Luta está levando para as ruas as pautas dos trabalhadores e movimentos populares organizados.

A pauta operária vai ganhar ainda mais força no dia 11 de julho, com a greve convocada de forma conjunta pelas centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, CTB, CSB e NCST. 

Na última quarta-feira, dia 26, a presidente Dilma Rousseff recebeu representantes das centrais sindicais, mas não apresentou nenhuma medida concreta que atenda às reivindicações dos trabalhadores.

“As manifestações que ocorreram pela manhã marcaram a entrada dos trabalhadores de maneira organizada nas lutas que estão sacudindo o país. Vamos mostrar aos governos federal, estadual e municipal que é preciso mudar a política econômica que privilegia os ricos e os empresários”, disse o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá. 
 
NOSSAS REIVINDICAÇÕES
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, rumo às 36 horas.
- Isenção total de Imposto de Renda sobre a PLR e sobre os salários.
- Fim do fator previdenciário; recomposição do valor das aposentadorias; anulação da reforma da Previdência de 2003 (comprada pelo Mensalão).
- Redução dos salários dos vereadores e políticos. Aumento geral dos salários dos trabalhadores.
- Menos recursos para a Copa e para as grandes obras; mais recursos para a saúde, educação; plano de obras para construir moradias populares, hospitais e escolas.
- Congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas.
- Municipalização do transporte público.
- Contra a precarização do trabalho e o projeto de lei 4330, das terceirizações.
 - Contra a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações dos trabalhadores.

Fortalecer o dia 27 em todo o país e em seguida preparar o Dia Nacional de Lutas em 11 de julho convocado pelas centrais sindicais


foto interna

 As centrais sindicais brasileiras, CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST, juntamente com o MST e o Dieese, realizaram uma reunião nesta terça-feira (25) para discutir o processo de lutas que tomou conta do país. Foi definido que 11 de julho será o Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, com o tema “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”.

A pauta de reivindicações consensual é redução das tarifas e melhoria da qualidade do transporte coletivo, mais investimentos em saúde e educação públicas, contra os leilões das reservas de petróleo e em defesa do patrimônio público, fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias, redução da jornada de trabalho e contra o PL 4330 (que regulamenta a terceirização), reforma agrária.

A luta da juventude pela redução da tarifa deu exemplo ao conquistar a revogação do aumento em diversas cidades brasileiras, principalmente as maiores, Rio e São Paulo.

A CSP-Conlutas já estará nas ruas com greves, paralisações a manifestações de diversas categorias, do movimento popular e dos estudantes nestes dias 26 e 27 de junho. Vamos fortalecer esse nosso dia de luta nacional para que ele sirva de preparação para o dia 11 de julho.

É hora de os trabalhadores irem às ruas unificados e levantarem bandeiras comuns de suas demandas. Além da participação nas mobilizações que estão acontecendo, entrará de forma organizada nesta luta. Precisamos cobrar do governo Dilma atenda demandas que não tem sido ouvidas. Essa mesma cobrança devemos fazer aos governos estaduais e municipais, sejam eles do PT, do PSDB, do PMDB ou outro partido, pois eles os responsáveis pela difícil situação do nosso povo.

Confira as matérias das outras centrais sobre o ato: 

CUT –  CUT e demais centrais sindicais decidem realizar ato conjunto no dia 11 de julho


segunda-feira, 24 de junho de 2013


Esta quinta-feira (27) é Dia Nacional de Luta pelas reivindicações dos trabalhadores

Organizar em todo país, greves, paralisações e manifestações de rua

Vivemos um momento muito importante em nosso país. A juventude brasileira deu o exemplo e foi às ruas protestar contra o preço e a qualidade do transporte coletivo nas grandes cidades. Desencadeou com isso um amplo processo de mobilização popular que sacudiu o Brasil nos últimos dias, em protesto contra todas as mazelas que tem afligido a vida dos trabalhadores, trabalhadoras e da juventude.

Todo este processo de mobilização já conquistou vitórias importantes, como a redução do preço das tarifas em várias cidades, incluindo as maiores do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a luta deve continuar, precisamos transformar esta vitória na primeira de uma série de muitas outras. Só dessa forma poderemos transformar para melhor o nosso país e a vida dos trabalhadores brasileiros.

Para isso é muito importante, além da participação nas mobilizações que estão acontecendo, que a classe trabalhadora entre de forma organizada nesta luta, trazendo suas reivindicações e cobrando dos governos o seu atendimento. Precisamos cobrar do governo Dilma que ao invés de ficar fazendo propaganda na TV, atenda as demandas dos trabalhadores. E a mesma cobrança devemos fazer aos governos estaduais e municipais, sejam eles do PT, do PSDB ou do PMDB.

São estes governos, do federal aos municipais, os responsáveis pela situação em que se encontra o país e vida do nosso povo. Eles tem muita agilidade e disposição política quando é para atender aos interesses das empreiteiras, dos bancos, das indústrias e do Agronegócio. Mas quando se trata de atender às nossas demandas parecem uma lesma paralítica!

Por esta razão a CSP-Conlutas, e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, decidiram convocar seus sindicatos, movimentos populares e organizações estudantis, a organizarem uma dia de lutas em todos o país, no dia 27 de junho. A orientação é fazer greves, paralisações e manifestações de rua, aquilo que for mais adequado à situação concreta de cada categoria, cidade ou região. O que é fundamental é que, por todo o país hajam manifestações dos trabalhadores cobrando o atendimento de suas reivindicações.

Acreditamos que esta iniciativa da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação deve ser só uma primeira iniciativa, assim como fez também o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que paralisou fábricas dias atrás para exigir melhoria e redução do preço do transporte coletivo. A necessidade do momento é generalizar iniciativas para por nossa classe em luta, organizar uma greve geral que possa obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as demandas dos trabalhadores e da juventude.

Para isso é preciso que as centrais sindicais majoritárias no país se disponham a lutar contra o governo, pois são eles os responsáveis por toda esta situação e é destes governos que precisamos cobrar as mudanças e o atendimento das nossas reivindicações.Só dessa forma seria possível unir nossas forças para colocarmos a classe trabalhadora na direção de todos este processo de lutas e fazer dele uma força que mude para melhor o Brasil. É com essa compreensão que a CSP-Conlutas e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, ao mesmo tempo que convocam o Dia Nacional de Lutas para 27 de junho, mantem a discussão com as demais centrais sindicais, propondo a convocação conjunta de uma jornada de lutas muito mais ampla, em base a uma pauta que possa ser comum.

Nossas reivindicações:

- menos recursos para a Copa e para as grandes obras / mais recursos para a saúde educação / plano de obras para construir moradias populares, hospitais e escolas /

- redução do preço da tarifa de transporte e melhoria da qualidade / implantação da tarifa social ou tarifa zero / estatização dos transportes coletivos;

- congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas;

- aumento dos salários para compensar a inflação;

- reforma agrária;

- menos dinheiro para os bancos e mais recursos para políticas sociais como os 10% do PIB para a educação pública, já e pagamento do piso nacional dos educadores / para isso suspender o superávit primário e o pagamento da dívida externa e interna para bancos e especuladores;

- redução da jornada de trabalho;

- fim do fator previdenciário / recomposição do valor das aposentadorias / anulação da reforma da previdência de 2003;

- defesa do patrimônio público / contra as privatizações e os leilões do petróleo / contra o PL 092 que privatiza o serviço público / revogação da EBSERH que privatiza os hospitais;

- contra a precarização do trabalho e o PL 4330, das terceirizações;

- contra a corrupção / contra a PEC 37;

- contra a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações dos trabalhadores.

Trata-se aqui de uma plataforma base, que pode ser acrescida de demandas que estejam faltando, ou mesmo ser utilizada de forma parcial, de modo a focar nas questões concretas de cada categoria ou setor social.

Organização das lutas

Por outro lado, é preciso organizar a luta em cada estado e região. É muito importante que as entidades busquem construir, a exemplo do que vem sendo feito do Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, uma coordenação(coordenação, comitê, assembleia, a forma não importa, importa o conteúdo) para as lutas que estão em curso, envolvendo todas as entidades e organizações que queiram lutar. A disposição de luta é fundamental, mas sem organização não iremos longe.

São Paulo, 21 de junho de 2013
CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular
Espaço de Unidade de Ação

Fonte: http://cspconlutas.org.br/2013/06/27-de-junho-e-dia-nacional-de-luta-pelas-reivindicacoes-dos-trabalhadores/ - Publicado em 23/06/2013

Em assembleia, metalúrgicos aprovam acordo para nova fábrica da GM


Trabalhadores dos primeiro e segundo turnos da GM reunidos em assembleia (Foto: Tanda Melo)
Os metalúrgicos da GM aprovaram, em assembleia, na quinta-feira, dia 13, a proposta de acordo que pode levar à implantação de uma nova fábrica em São José.

O acordo é válido exclusivamente para os funcionários da nova fábrica, a ser implantada, segundo os planos da companhia, em 2017.

A previsão é que sejam gerados 2.500 empregos na fábrica, além de outros 2.500 nas fornecedoras.
As negociações
A aprovação do acordo pelos trabalhadores acontece dois meses após o início das negociações, e depois de mais de um ano de luta em defesa do emprego.

“Foram dois meses de negociações duras, em que a GM insistia em retirar cada vez mais direitos. O Sindicato cumpriu seu papel e manteve uma postura séria em defesa dos trabalhadores”, explica o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.
Prioridade para São José
As negociações ocorreram por força do acordo fechado em janeiro com o Sindicato, em que a empresa teria de priorizar São José em caso de novos investimentos.

Agora, a GM deve uma resposta a São José dos Campos.
O acordo
O acordo inclui um piso salarial de R$ 1.700, reajustado pelo INPC a partir de setembro de 2014, e uma PLR de R$ 10 mil, reajustada entre 2015 e 2017.

A fábrica fica impedida de transferir os trabalhadores da grade nova às atuais unidades. Esta cláusula protege os trabalhadores com salários mais altos de serem substituídos por outros com salários inferiores.

“Aqui, a democracia operária fala mais alto. São os trabalhadores que decidem. Desde o ano passado estamos na luta em defesa do emprego e dos direitos, e essa luta vai continuar”, afirma Macapá.

Fonte: Jornal do Metalúrgico (SindMetal São José dos Campos) - Publicado em 18/06/2013.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Termina em impasse negociação entre Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e GM

Nova reunião ficou marcada para a próxima segunda-feira, dia 10

Terminou em impasse a reunião entre Sindicato e General Motors, ocorrida nesta segunda-feira, dia 3, sobre a possibilidade de investimentos da montadora na planta de São José dos Campos.  

Depois de nove horas de negociação, ficou marcada uma nova reunião para o próximo dia 10, às 15h. Os pontos que impediram o avanço das negociações foram a estabilidade no emprego, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e o tempo de vigência do acordo. 

O Sindicato defende a estabilidade para os trabalhadores da fábrica, já que está nos planos da montadora encerrar as atividades do setor  MVA (Montagem de Veículos Automotores) em dezembro e, consequentemente, demitir funcionários. A GM, entretanto, não abre mão das demissões.

Além disso, a empresa também quer impor uma PLR de R$ 8 mil para os trabalhadores contratados para a nova linha de produção, a partir de 2017. Para o Sindicato, essa proposta é ilegal e incompatível com os alto grau de lucros do setor automotivo.

A GM ainda propõe que o acordo tenha duração de 12 anos, o que não é aceito pelo Sindicato. Já as discussões sobre o piso salarial apresentaram avanço, chegando-se a R$ 1.700 corrigido pela inflação a partir de setembro de 2014. 

“É importante ressaltar que estamos discutindo uma proposta global, em que uma questão está ligada a outra. Não aceitamos demissões e continuamos na defesa de direitos e salários. Agora teremos mais tempo para debater o assunto com os trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros.

O acordo fechado em janeiro entre GM e Sindicato prevê que, em caso de investimentos no Brasil, a montadora teria de, obrigatoriamente, priorizar a fábrica de São José dos Campos. 

As negociações com a GM estão ocorrendo desde abril. Neste período, o Sindicato se manteve na defesa de investimentos com a garantia de estabilidade no emprego, manutenção de salários e de direitos. Entre maio de 2012 e abril de 2013, a empresa já fechou 927 postos de trabalho em São José dos Campos, apesar de não ter qualquer sinal de crise financeira.

A GM pretende implantar uma nova fábrica em São José dos Campos e também criar um distrito industrial para fornecedores. Para isso, a montadora negociou com a Prefeitura e o Governo do Estado, que aceitaram reduzir impostos em benefício da montadora e fornecer toda a infraestrutura para a criação do distrito.

O Sindicato questiona a concessão desses benefícios, que vão se somar a outros já concedidos pelo Governo Federal ao setor automotivo.

“É uma vergonha que a Prefeitura e o Governo do Estado façam tantas concessões com dinheiro público, abrindo mão de recursos que poderiam ser usados em saúde, educação e moradia. Desde 2008, estamos vendo o Governo Federal privilegiar as montadoras com a redução de IPI, mas em nenhum momento vimos esse mesmo governo exigir estabilidade de emprego ou qualquer outra medida em favor dos trabalhadores”, conclui Macapá.

O Sindicato defende que o governo proíba demissões por empresas beneficiadas com incentivos fiscais e restrinja remessa de lucros para o exterior. Defende também a instituição de um Contrato Coletivo Nacional, que garanta piso salarial, jornada e direitos iguais para os metalúrgicos em qualquer lugar do país. Essa medida acabaria com as chantagens impostas pelas montadoras às cidades que querem se candidatar a receber investimentos.

Hoje, a fábrica de São José dos Campos tem cerca de 6.500 trabalhadores e produz os veículos Classic, S10, Trailblazer, além de kits para exportação, motores e transmissão.

Fonte: http://cspconlutas.org.br/2013/06/termina-em-impasse-negociacao-entre-sindicato-dos-metalurgicos-de-sao-jose-dos-campos-e-gm/ - Publicado: 04/06/2013

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Desemprego global alcançará 208 milhões de pessoas em 2015, prevê OIT


GENEBRA - O emprego aumenta e as desigualdades diminuem nas economias emergentes e em desenvolvimento, enquanto, nas economiasdesenvolvidas, é o inverso que continuará ocorrendo, prevê a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em relatório divulgado nesta segunda-feira sobre o trabalho no mundo, a OIT destaca que o desemprego globalmente aumentará de 200 milhões hoje para cerca de 208 milhões de pessoas em 2015.
Na América Latina, o número de desempregados vai passar de 18,9 milhões em 2013 para 20,2 milhões em 2015 pelas projeções da OIT. Mas isso tem a ver com um crescimento menor na região e com um aumento da participação da força de trabalho.
A América Latina é, na verdade, a única região onde o risco de tensão social diminui, de acordo com a OIT. A situação, porém, continuará difícil no mundo desenvolvido. As desigualdades de renda aumentaram em 14 de 26 economias avançadas, incluindo França, Dinamarca, Espanha e Estados Unidos.
A entidade mostra que os lucros das empresas voltaram aos níveis de antes da crise em boa parte dos países, mas nas economias avançadas o investimento continua inferior ao que era e não cria empregos.
O relatório da OIT é, por sua vez, particularmente positivo sobre o Brasil, apresentado como exemplo de criação de emprego e aumento da renda e da proteção social dos trabalhadores.

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Após greve, GM demite trabalhadores em Gravataí

É preciso solidariedade e uma ampla campanha para barrar os ataques da montadora

Após a realização de uma greve vitoriosa durante a última Campanha Salarial, a GM de Gravataí está demitindo trabalhadores, em um claro sinal de repressão ao movimento. A denúncia parte do Sindicato dos Metalúrgicos local, mas o numero de demitidos não foi informado.

Os metalúrgicos de Gravataí pararam por três dias em abril, quando conseguiram arrancar da empresa um reajuste salarial de 9,5%, PLR de R$ 9.650 e redução gradual da jornada de 42h para 40h até abril de 2014. Uma das reivindicações do movimento era equiparação de salários, direitos e PLR com a fábrica de São José dos Campos e de São Caetano do Sul.

Agora, montadora está impondo demissões injustas, em um claro ataque ao direito de greve e manifestação dos trabalhadores.

É necessário fazer uma ampla campanha nacional e internacional em defesa dos trabalhadores de Gravataí, exigindo da montadora o fim da repressão e o retorno imediato de todos os demitidos.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e a CSP-Conlutas se solidarizam com a luta dos companheiros de Gravataí.

“Neste momento, é preciso toda solidariedade entre trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais para barrar este ataque da montadora. A GM vem praticando uma série de ataques aos direitos trabalhistas em todo o mundo, não podemos mais tolerar isso”, afirma o secretário geral do Sindicato e membro da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.